Argumentos a favor e contra a teoria do big - bang - Reações Nucleares de Fusão e de Fissão (Cisão)

16-10-2013 08:56

Animação que ilustra uma reação nuclear de fusão (do tipo das que ocorrem nas estrelas)

 

Animação que ilustra uma reação nuclear de fissão ou cisão (do tipo das que ocorrem nas centrais nucleares, para obtenção de energia elétrica)

 

A origem do Universo: a teoria do Big Bang

(texto retirado de: https://www.esec-valenca.rcts.pt/folha_025.htm)

Galáxia NGC 1512A teoria do Big Bang prevê um instante inicial para a origem do Universo, isto é, fala de singularidade, afirmando que, no momento em que tudo começou, o que existia estava reduzido a um ponto sem dimensões.

A expansão do Universo constitui a primeira prova a favor desta teoria, actualmente aceite de forma generalizada pela comunidade científica, que considera a expansão uma consequência do Big Bang.

Existem outros factos que a confirmam. Um deles é a existência de radiação cósmica de microondas. O espaço criado pelo Big Bang encheu-se de radiação altamente energética. À medida que o Universo se expandiu, essa radiação foi «enfraquecendo» e chegou até nós como radiação de muito fraca energia – a radiação cósmica de microondas. Esta radiação só foi detectada em 1964, graças aos avanços tecnológicos na área das comunicações.

A abundância de elementos químicos leves no Universo é a terceira prova a favor do Big Bang. Este facto, observado por métodos cada vez mais precisos, nomeadamente no que diz respeito aos elementos mais leves, está de acordo com os valores calculados a partir da teoria do Big Bang.

Limitações da teoria

Embora seja aceite pela quase totalidade da comunidade científica actual, há ainda muitas questões a que não consegue dar resposta: Porque ocorreu o Big Bang? Como ocorreu? Havia algo antes do Big Bang? Qual o destino do Universo?

Estas questões, ainda sem resposta, constituem a argumentação apresentada pelos astrofísicos que não concordam com a teoria. Contudo, todos admitem que o Universo está em expansão, mas propõem diferentes teorias para explicar o fenómeno.

Teoria da Expansão Permanente

O Universo expandir-se-á para sempre, com as galáxias a afastarem-se continuamente umas das outras. Observações astronómicas recentes corroboram esta hipótese.

Teoria do Universo Oscilante ou Pulsátil

De acordo com esta teoria, verificar-se-á um retardamento progressivo da expansão até à situação extrema de se inverter o sentido do movimento das galáxias, que passarão a aproximar-se. Iniciar-se-á, então, uma contracção do Universo, que culminará com um novo Big Bang, recomeçando tudo de novo.

Teoria do Estado Estacionário

Esta terceira teoria rejeita o Big Bang e defende que a expansão se produz porque se cria constantemente nova matéria. Enquanto as galáxias se afastam umas das outras, formam-se novas galáxias nos intervalos, a partir de nova matéria em formação contínua.

Se, de facto, existem algumas limitações à teoria do Big Bang, então é perfeitamente normal que tivessem surgido outras hipóteses que tentassem explicar a formação do Universo. As últimas descobertas cosmológicas parecem confirmar a teoria do Big Bang, que terá de ser aperfeiçoada e completada para dar respostas às questões que ainda não as têm.

Concluímos que se o Universo se encontra em expansão, no futuro as galáxias estarão mais distanciadas, haverá mais espaço vazio entre elas e a densidade do Universo será cada vez menor. Uma das conclusões mais importantes do século XX é que o Universo tem uma história. Ele não existiu sempre tal e qual o vemos hoje.

Cátia Santos, Cátia Souto e Vítor Sánchez